terça-feira, 3 de março de 2009

Sintaxe – Frase, Oração e Período – Sujeito / Predicado e Predicativo

Conceito de frase, oração e período

Frase: é a palavra ou grupo de palavra que formam um enunciado de sentido completo. Caracterizando-se pela entoação que lhe assinala o começo e o fim.

Exemplos: 

Casa libanesa.

Olá!

Até logo!

Psiu!

Silêncio!

Fogo!

Atenção!

Centro, à esquerda!

Casas Pernambucanas.

A frase pode ser curta ou longa; pode ou não conter verbo. Uma única palavra pode ser frase, dependendo de como aparecer no contexto.

A frase não precisa, necessariamente, de verbo para comunicar algo. Há frases sem verbo que se prestam perfeitamente à comunicação de mensagens. São as frases nominais:

Exemplos: 

Estação Liberdade.

Comida caseira.

Proibida a entrada.

Saída pela lateral.

Oração: é a unidade sintática formada em torno de um verbo. Há sempre na oração dois termos que têm entre si uma relação essencial: sujeito e predicado. Considerando-se a existência de orações sem sujeito, o predicado pode vir sozinho.

Exemplos: 

Eu observei os desenhos geométricos, os losangos, as flores coloridas. (sujeito simples)

Mandaram chamar o médico. (Sujeito indeterminado)

Venta a noite inteira no Caribe. (Oração sem sujeito)

Período: é a frase sintaticamente estruturada em torno de um ou vários verbos. Pode classificar-se em:

período simples (ou oração absoluta)  é constituído por uma oração, ou seja, há apenas um verbo.

Ex: Machado de Assis foi um ilustre brasileiro.

Tinha a mente invadida por pensamentos sábios.

Ou período composto – é constituído por mais de uma oração, ou seja, há mais de um verbo.

Ex: Sonhei que estava sonhando e que no meu sonho havia um outro sonho esculpido.”

(Carlos Drummond de Andrade)

“As glórias que vêm tarde já vêm frias.”

(Tomás Antônio Gonzaga)

Tipos de sujeito

É o ser de quem se diz alguma coisa ou o termo que concorda com o verbo, caracterizando-se como o termo que rege ou comanda o verbo.

Exemplo: O carro é confortável.

Neste caso, carro é o sujeito da oração e não pratica nenhuma ação, ele simplesmente “é”.

O sujeito pode ser:

Sujeito simples = quando houver um só núcleo nesta função (um nome ou pronome substantivo, numeral, palavra substantivada).

Exemplos: 

O ônibus fumacento chegou.

Ambos leem romances de amor.

Este é um angorá legítimo.

Sujeito composto = quando houver mais de um núcleo nesta função. (constituído de um substantivo, um pronome substantivo, um numeral).

Exemplos: 

João Gostoso e outros carregadores de feira livre beberam.

O primeiro e o segundo venceram com folga.

Sujeito indeterminado = é o que afirma o predicado, mas não se acha na oração, nem explícito e nem implícito.

Por exemplo: Ontem trouxeram um lanche muito gostoso. Quem trouxeram? Não aparece na oração.

Para indeterminar o sujeito, existem dois recursos:

(1º) Empregar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a qualquer sujeito mencionado anteriormente.

Ex: Assaltaram a casa! (Quem assaltou? “Assaltaram” indeterminou o sujeito)

(2º) Empregar o verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome SE (exceto o verbo transitivo direto)

Observe-se que o pronome SE, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito (IIS). E o verbo de tais orações, ou é transitivo indireto, intransitivo ou verbo de ligação.

Ex: Crê-se em seres extraterrestres. (O verbo crer é transitivo indireto, quem crê, crê em alguma coisa ou em alguém)

Necessita-se de pessoas para o cargo. (O verbo necessitar é transitivo indireto, quem necessita, necessita de alguma coisa)

ATENÇÃO! VOZ PASSIVA PRONOMINAL

a) Aluga-se chalé.

b) Compram-se carros usados.

c) Confeccionam-se roupas de festa.

Os exemplos parecem apresentar sujeito indeterminado. Na verdade, a frase está na voz passiva pronominal, com o verbo transitivo direto, e o sujeito está expresso (Chalé, carros usados e roupas de festa) e recebe ação verbal.

Para não ter dúvida, passe a frase para a voz ativa, se der certo, o sujeito é determinado simples.

Chalé é alugado. (sujeito simples)

Carros usados são comprados. (sujeito simples)

Roupas de festa são confeccionadas. (sujeito simples)

Sujeito inexistente = há orações que não possuem sujeito. O verbo de tais orações só admite a terceira pessoa do singular e são chamados, por alguns gramáticos, de verbos impessoais. Ocorrem nas seguintes circunstâncias:

Quando o verbo haver significa existir:

Na casa libanesa havia um tapete persa. (Na casa libanesa existia um tapete persa)

muita sujeira aqui. (Existe muita sujeira aqui)

Quando os verbos fazer e haver indicam tempo transcorrido.

faz cinco horas que ele saiu.

Não o vejo meses.

Quando o verbo ser aparece em construções indicativas de tempo.

Será cedo?

São oito horas.

Quando os verbos indicam fenômeno da Natureza:

Amanhecer, chover, nevar, relampejar etc.

Quando o verbo estar for empregado para indicar temperatura ou clima.

Está tão quente hoje!

São orações sem sujeito as que denotam fenômeno da natureza (chove, trovejou ontem etc.) e as que têm os verbos haver, fazer e ser empregados impessoalmente em construções como as seguintes:

editores ilustres no Brasil.

Fazia muito frio naquela cidade.

Fez ontem um dia dourado de lembranças...” (Tom Jobim)

“Pois era dezembro de um ano dourado...” (Tom Jobim)

Sujeito oculto = sujeito simples, porém não aparece na frase, pois está subentendido.

Ex: (Eu) Chamei toda a turma para a festa. Verificamos que há um sujeito na oração pela desinência verbal.

Observação: O sujeito simples e o sujeito composto são chamados de sujeito determinado.

TIPOS DE PREDICADO

Predicado é aquilo que se declara do sujeito, se a oração o possui. Há três tipos de predicados:

Verbal = quando o núcleo do predicado for um verbo transitivo ou intransitivo e, também, sem a presença de um predicativo qualquer.

Nominal = quando o núcleo do predicado é o nome, que vem ligado ao predicativo do sujeito por um verbo de ligação.

Verbo-nominal = quando possui dois núcleos: o verbo e o nome (sem verbo de ligação)

O QUE É PREDICATIVO?

Há dois tipos de predicativo:

Predicativo do sujeito = relaciona-se ao sujeito da oração:

Ex: O leão estava tranquilo (= característica do sujeito, portanto, predicativo do sujeito)

Predicativo do objeto = relaciona-se com o objeto direto ou objeto indireto da oração.

Ex: Os adultos julgaram as crianças irresponsáveis. (= característica do objeto direto “as crianças”)

Sintaxe – Frase, Oração e Período – Sujeito / Predicado e Predicativo

Frase é a palavra ou grupo de palavra que formam um enunciado de sentido completo. Caracterizando-se pela entoação que lhe assinala o começo e o fim.

Ex: Casa libanesa.

Olá!

Até logo!

Psiu!

Silêncio!

Fogo!

Cada Macaco no seu galho.

Atenção!

Centro, à esquerda!

Casas Pernambucanas.

A frase pode ser curta ou longa; pode ou não conter verbo. Uma única palavra pode ser frase, dependendo de como aparecer no contexto.

A frase não precisa, necessariamente, de verbo para comunicar algo. Há frases sem verbo que se prestam perfeitamente à comunicação de mensagens. São as frases nominais:

Ex: Estação Liberdade.

Comida caseira.

Proibida entrada.

Saída pela lateral.

Oração é a unidade sintática formada em torno de um verbo. Há sempre na oração dois termos que têm entre si uma relação essencial: sujeito e predicado. Considerando-se a existência de orações sem sujeito, o predicado pode vir sozinho.

Ex.: Eu observei os desenhos geométricos, os losangos, as flores coloridas. (sujeito simples)

Mandaram chamar o médico. (Sujeito indeterminado)

Venta a noite inteira no Caribe. (Oração sem sujeito)

Período é a frase sintaticamente estruturada em torno de um ou vários verbos. Pode classificar-se em:

período simples ou oração absoluta é constituído por uma oração, ou seja, há apenas um verbo.

Ex: Machado de Assis foi um ilustre brasileiro.

Tinha a mente invadida por pensamentos sábios.

período composto – é constituído por mais de uma oração, ou seja, há mais de um verbo.

Ex: Sonhei que estava sonhando e que no meu sonho havia um outro sonho esculpido.”

(Carlos Drummond de Andrade)

“As glórias que vêm tarde já vêm frias.”

(Tomás Antônio Gonzaga)

SUJEITO

É o ser de quem se diz alguma coisa ou o termo a que se refere o predicado, caracterizando-se como o termo que rege ou comanda o verbo.

Ex: O carro é confortável.

Neste caso carro é o sujeito da oração e não pratica nenhuma ação, ele simplesmente “é”.

O sujeito pode ser:

Simples = quando houver um só núcleo nesta função (um nome ou pronome substantivo, numeral, palavra substantivada).

Ex: O ônibus fumacento chegou.

Ambos lêem romances de amor.

Este é um angorá legítimo.

Composto = quando houver mais de um núcleo nesta função. (constituído de um substantivo, um pronome substantivo, um numeral).

Ex: João Gostoso e outros carregadores de feira livre beberam.

O primeiro e o segundo venceram com folga.

Indeterminado = é o que afirma o predicado, mas não se acha na oração, nem explícito e nem implícito.

Por exemplo: Ontem trouxeram um lanche muito gostoso. Quem trouxeram? Não aparece na oração.

Para indeterminar o sujeito, existem dois recursos:

(1º) Empregar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a qualquer sujeito mencionado anteriormente.

Ex: Assaltaram a casa! (Quem assaltou? “Assaltaram” indeterminou o sujeito)

(2º) Empregar o verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome SE (exceto o verbo transitivo direto)

Observe-se que o pronome SE, neste caso, é índice de indeterminação do sujeito (IIS). E o verbo de tais orações, ou é transitivo indireto, intransitivo ou verbo de ligação.

Ex: Crê-se em seres extraterrestres.

Necessita-se de pessoas para o cargo.

ATENÇÃO!!!!

a) Aluga-se chalé.

b) Compram-se carros usados.

c) Confeccionam-se roupas de festa.

Os exemplos parecem apresentar sujeito indeterminado. Na verdade, a frase está na voz passiva pronominal, com o verbo transitivo direto, e o sujeito está expresso (Chalé, carros usados e roupas de festa) e recebe ação verbal.

Para não ter erro, passe a frase para a voz ativa, se der certo o sujeito é determinado simples.

Chalé é alugado. (sujeito simples)

Carros usados são comprados. (sujeito simples)

Roupas de festa são confeccionadas. (sujeito simples)

Inexistente = há orações que não possuem sujeito. O verbo de tais orações só admite a terceira pessoa do singular e são chamados, por alguns gramáticos, de verbos impessoais. Ocorrem nas seguintes circunstâncias:

Quando o verbo haver significa existir:

Na casa libanesa havia um tapete persa. (Na casa libanesa existia um tapete persa)

muita sujeira aqui. (Existe muita sujeira aqui)

Quando os verbos fazer e haver indicam tempo transcorrido.

faz cinco horas que ele saiu.

Não o vejo meses.

Quando o verbo ser aparece em construções indicativas de tempo.

Será cedo?

São oito horas.

Quando os verbos indicam fenômeno da Natureza:

Amanhecer, chover, nevar, relampejar etc.

Quando o verbo estar for empregado para indicar temperatura ou clima.

Está tão quente hoje!

São orações sem sujeito as que denotam fenômeno da natureza (chove, trovejou ontem, etc) e as que têm os verbos haver, fazer e ser empregados impessoalmente em construções como as seguintes:

editores ilustres no Brasil.

Fazia muito frio naquela cidade.

Fez ontem um dia dourado de lembranças...” (Tom Jobim)

“Pois era dezembro de um ano dourado...” (Tom Jobim)

Oculto = sujeito simples. Ele não aparece na frase, mas está subentendido.

Ex: (Eu) Chamei toda a turma para a festa. Verificamos que há um sujeito pela desinência verbal.

Observação: O sujeito simples (claro ou oculto) e o composto são chamados de sujeito determinado.

PREDICADO

É aquilo que se declara do sujeito se a oração o possui. Há três tipos de predicado:

Verbal = quando o núcleo do predicado for um verbo transitivo ou intransitivo e, também, sem a presença de um predicativo qualquer.

Nominal = quando o núcleo do predicado é o nome, que vem ligado ao predicativo do sujeito por um verbo de ligação.

Verbo-nominal = quando possui dois núcleos: o verbo e o nome (sem verbo de ligação)

PREDICATIVO

Há dois tipos de predicativo:

Predicativo do Sujeito = relaciona-se ao sujeito da oração:

Ex: O leão estava tranqüilo (= qualidade do sujeito)

Predicativo do Objeto = relaciona-se com o objeto direto ou indireto da

oração.

Ex: Os adultos julgaram as crianças irresponsáveis. (= qualidade do objeto direto “as crianças”)